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quarta-feira, 6 de abril de 2022
terça-feira, 30 de junho de 2015
domingo, 7 de junho de 2015
MENTIRA
MENTIRA
“Afirmar aquilo que se sabe ser falso, ou negar o que se sabe ser verdadeiro.”
Essa é a definição da palavra mentira, qualquer um conhece esse significado, todos nós percorremos esse caminho diariamente.
Repugnamos a mentira veemente, mas ignoramos o fato de que usamos desse artificio incontáveis vezes durante nossa vida.
Será mesmo que a mentira é tão repugnante como se prega? Viveríamos como sem nos valer de pequenas mentiras em nosso cotidiano.
Nossa fala é afetada por muitas emoções, carregada das vivências que temos, e também de tudo que já ouvimos.
Para formularmos uma única frase, milhões de experiências nos passam pela cabeça, situações, previsões de como aquela frase que nem mesmo foi dita irá impactar a vida de quem nos ouve.
Da mesma forma que ao ouvirmos alguém imediatamente nos surgem opiniões e pontuações de forma muito rápida a respeito do assunto debatido.
A alta capacidade do nosso cérebro nos permite tudo isso em milésimos de segundo.
Como viveríamos se de nossa boca só brotassem verdades? Como seria esse mundo se todas as pessoas tivessem acesso irrestrito àquilo que pensamos.
Mentimos ao encontrar um bebê gracioso, que mesmo não sendo lindo, ganha logo um elogio.
Precisamos ser gentis, educados, delicados em nossas colocações. E de que forma faríamos isso sem as pequenas mentiras que usamos a toda hora.
Mas é claro que ao abordar o assunto os politicamente corretos logo dirão: Odeio mentira!
Ah sim, será que essa pessoa que odeia mentira jamais as proferiu?
Ninguém gosta realmente é de ouvir coisas desagradáveis, frases duras, que machucam, mais conhecidas como VERDADES.
A verdade, o oposto da mentira é uma arma muito potente, e pode tanto construir quanto destruir vidas.
Hoje chamamos de sincericídio, aquele hábito de sair dizendo tudo que pensa ao outro, eu particularmente acho isso uma extrema crueldade, falta de sensibilidade com o ser humano, e muitas vezes pura deselegância.
Dizer o que pensa a qualquer custo não é ser verdadeiro, mas sim empurrar goela abaixo a sua opinião nas outras pessoas.
Afinal a verdade e a mentira são coisas muito relativas, o que eu acho feio, e encaro como verdade absoluta é quase sempre visto pelo outro de forma diferente.
Não sou a favor da mentira deslavada, sou a favor da adequação do que se diz, e a favor também de que essa adequação obedeça a parâmetros de respeito e consideração com as coisas que outras pessoas acreditam.
Essa adequação sempre envolve mentira, é claro que estamos falando de mentiras leves, adequações oportunas para tornar nossa convivência possível, e não de falácias grandiosas com o intuito de prejudicar a vida de outra pessoa.
O que vale mesmo é a intensão, e se ela for boa, investida de bem e de generosidade é sim muito válida.
Dizem que de boa intensão o inferno está cheio, mas aposto que se não fossem as mentirinhas do dia a dia estaria muito mais.
Mas de toda via se você meu querido leitor achar que o que digo é um absurdo sem tamanho, diga a próxima mamãe que você encontrar na rua com uma criança não agraciada com lindas feições que o filho dela é um monstrinho. E boa sorte!
Repugnamos a mentira veemente, mas ignoramos o fato de que usamos desse artificio incontáveis vezes durante nossa vida.
Será mesmo que a mentira é tão repugnante como se prega? Viveríamos como sem nos valer de pequenas mentiras em nosso cotidiano.
Nossa fala é afetada por muitas emoções, carregada das vivências que temos, e também de tudo que já ouvimos.
Para formularmos uma única frase, milhões de experiências nos passam pela cabeça, situações, previsões de como aquela frase que nem mesmo foi dita irá impactar a vida de quem nos ouve.
Da mesma forma que ao ouvirmos alguém imediatamente nos surgem opiniões e pontuações de forma muito rápida a respeito do assunto debatido.
A alta capacidade do nosso cérebro nos permite tudo isso em milésimos de segundo.
Como viveríamos se de nossa boca só brotassem verdades? Como seria esse mundo se todas as pessoas tivessem acesso irrestrito àquilo que pensamos.
Mentimos ao encontrar um bebê gracioso, que mesmo não sendo lindo, ganha logo um elogio.
Precisamos ser gentis, educados, delicados em nossas colocações. E de que forma faríamos isso sem as pequenas mentiras que usamos a toda hora.
Mas é claro que ao abordar o assunto os politicamente corretos logo dirão: Odeio mentira!
Ah sim, será que essa pessoa que odeia mentira jamais as proferiu?
Ninguém gosta realmente é de ouvir coisas desagradáveis, frases duras, que machucam, mais conhecidas como VERDADES.
A verdade, o oposto da mentira é uma arma muito potente, e pode tanto construir quanto destruir vidas.
Hoje chamamos de sincericídio, aquele hábito de sair dizendo tudo que pensa ao outro, eu particularmente acho isso uma extrema crueldade, falta de sensibilidade com o ser humano, e muitas vezes pura deselegância.
Dizer o que pensa a qualquer custo não é ser verdadeiro, mas sim empurrar goela abaixo a sua opinião nas outras pessoas.
Afinal a verdade e a mentira são coisas muito relativas, o que eu acho feio, e encaro como verdade absoluta é quase sempre visto pelo outro de forma diferente.
Não sou a favor da mentira deslavada, sou a favor da adequação do que se diz, e a favor também de que essa adequação obedeça a parâmetros de respeito e consideração com as coisas que outras pessoas acreditam.
Essa adequação sempre envolve mentira, é claro que estamos falando de mentiras leves, adequações oportunas para tornar nossa convivência possível, e não de falácias grandiosas com o intuito de prejudicar a vida de outra pessoa.
O que vale mesmo é a intensão, e se ela for boa, investida de bem e de generosidade é sim muito válida.
Dizem que de boa intensão o inferno está cheio, mas aposto que se não fossem as mentirinhas do dia a dia estaria muito mais.
Mas de toda via se você meu querido leitor achar que o que digo é um absurdo sem tamanho, diga a próxima mamãe que você encontrar na rua com uma criança não agraciada com lindas feições que o filho dela é um monstrinho. E boa sorte!
quinta-feira, 26 de março de 2015
AMOR SELETIVO
Sabemos que
entrar em uma discussão religiosa é um campo arriscado, cheio de armadilhas e
esse caminho eu sempre evitei trilhar.
Tenho minhas
próprias convicções e evito julgar as pessoas pelo que elas acreditam.
Mas, como tudo
tem um mas, ando intrigada com algumas espécies de amor que ando vendo cá e lá.
Como é possível
alguém pregar amor a Deus se não é capaz de amar seu próximo, e quando digo
próximo eu quero dizer próximo mesmo, pai e mãe por exemplo.
Conheço pessoas
que são fervorosas em suas crenças, auxiliam famílias carentes entre tantas outras
posturas de caridade e abnegação. Mas o próximo, próximo mesmo, certas pessoas
conseguem abandonar sem a mínima culpa.
Como uma pessoa
é capaz de pregar amor a um estranho e deixar um pai idoso em situação
calamitosa, sofrendo por coisas tão pequenas que poderiam ser evitadas se o seu
filho ou filha estendesse a caridade aos seus próprios familiares.
Como que esse
mundo será melhor se algumas pessoas não conseguem transformar a própria
família em uma família melhor?
As mesmas
pessoas que dizem querer mudar o mundo não conseguem mudar a si próprias,
vencendo os seus próprios preconceitos.
Como alguém sobe
em um palanque com olhos cheios de lágrimas e ao descer levantam seu queixo e
não enxergam os que estão aos seus pés clamando por ajuda.
Impossível que o
amor seja algo a ser merecido, pois se assim fosse não seriamos amado por Deus,
pois somos imperfeitos e cheios de ingratidão.
Mas mesmo assim
Deus nos ama, e a única coisa que ele pede é que façamos o mesmo.
E ELE não pede
para que amemos aos merecedores, os bons e os retos, Deus pede para que nosso
olhar se estenda aos desfavorecidos, aos desprovidos.
As comunidades
religiosas de fecham de tal forma aos comuns que acham que estão blindadas aos
males que moram longe de seus altos muros.
Mas não estão.
Ninguém está livre desse caos que aos poucos vêm se instalando em todas as
partes.
Se as ações de
agregação não incluírem um número maior de pessoas nunca teremos uma
consciência coletiva da necessidade de fazer o bem.
Embora alguns
pensadores preguem que o ser humano nasça com um instinto de ser bom, eu não
acredito muito nesta teoria.
Nascemos como um
terreno extremamente fértil, e isso é de fato muito bom, mas é só uma premissa
para uma evolução positiva.
Necessitamos de
bons ensinamentos, necessitamos de ser e de ter exemplos de conduta, ou então
este terreno fértil que somos pode germinar coisas ruins.
As comunidades,
não só as religiosas, mas no geral, devem ter um espírito acolhedor, evitando marginalizar
ainda mais os menos favorecidos.
Essa postura de
agregar pode salvar, assim como uma postura reversa pode criar uma geração
renegada e cheia de rancores e inclinações para todo tipo de transgressão.
Metade
da humanidade não come; e a outra não dorme, com medo da que não come.
Devemos pensar
nesta frase de Josué de Camargo com mais atenção, pois reflete o resultado da
omissão que estamos plantando dia a dia com nossa omissão. ANGÉLICA MARQUES
sábado, 14 de março de 2015
CERTOS DIAS ERRADOS
Dias ruins também existem, por vezes com uma frequência
desconfortável, ou somente para abrilhantar os dias bons.
Mas a verdade é que eles existem e nos provam que nem tudo é
festa.
Certas situações nos fogem ao controle e quando nos damos
conta estamos no meio de furacões.
Bom, e ai é só curtir o balanço, esperar ele parar de te
sacudir, porque por mais que você se debata isso só te cansará. A resistência
só irá te levar o fôlego.
Quando uma tempestade chega, não há muito que fazer, na
verdade o problema não está na tempestade, e sim a arruaça que ela traz,
deslocando nossas certezas e abalando todos os nossos cantos.
Quando passamos por uma adversidade muito intensa tudo muda
de cor, todas as nossas certezas se movem para diante de nós com uma cruel
questão, elas querem saber se são certezas mesmo.
Essa bagunça não vai embora com a tempestade, ela fica. Ela
te obriga a reorganizar sua vida, a rever seus conceitos. Tempestades são
curtas na verdade, o que perdura é o estrago.
Bom, mas assim como as tempestades os problemas nas nossas
vidas também são inevitáveis, e sendo assim só nos resta lidar com eles da
melhor forma possível.
Juntar os cacos, desapegar do que se quebrou e olhar com
mais carinho para as coisas que foram fortes o suficiente naquela queda, e
começar a faxina.
E essa faxina não pode ser leve não, ela tem que ser pesada,
arrastando tudo, revendo tudo, limpando tudo.
Mas existe um lado bom nos temporais, na verdade vários
aspectos positivos, o primeiro é o silêncio que fica quando ele se vai.
Esse silêncio serve para você notar que tudo acabou, serve
para você se levantar, é um sinal de que você precisa estar de pé.
O clima muda, muda o ar. Muda o cenário.
As tempestades levam coisas, e isso também é um lado bom,
abre-se um espaço em nossas vidas para que possamos eleger melhor o que ocupará
esse espaço.
A tempestade faz bastante barulho, e depois dela não é
qualquer coisa que te assusta, e isso te faz forte, te faz valente. Não te
deixa recuar diante qualquer batida de pé.
Se hoje o cenário está cinzento e você não vê muitas chances
de melhora, pare de desejar que as coisas se ajeitem.
Comece a querer que tudo se agite. E que venha logo a
turbulência, pois quanto mais ela demora para chegar, mais demora para ir
embora.
Deseje que as coisas se quebrem, deseje que o vento leve,
que a água lave.
Pois só assim você verá renovação em seus dias, só assim
você saberá o que é forte suficiente para compor o cenário da sua vida.
Deixe que os cacos sejam varridos pra longe, cacos só irão
te ferir, não servem para nada, deixe-os ir.
Não tenha medo de mudar, pois muitas vezes a tragédia está
no marasmo, na quietude.
O que fica da tempestade é o silêncio da reflexão e um bom
marinheiro.
Seja um bom marinheiro, pois todos caem, mas só os
perdedores ficam no chão.
ANGÉLICA MARQUES
terça-feira, 10 de março de 2015
Apoio
As pessoas não precisam de escoras, mas sim de condução, venha ela de onde vier; da religião; por eleição do coração, ou das pessoas que chamamos de amigos.
Se perceber que é o esteio de alguém vigie seis passos, mas se for uma muleta saia dessa relação, ela será prejudicial para ambos. Angélica Marques
domingo, 1 de março de 2015
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