quinta-feira, 27 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
sábado, 22 de novembro de 2014
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
O DIREITO DE DIZER NÃO
Sim, somos
abençoadas com a dádiva de gerar outra vida.
Sim, existem
milhares de mulheres no mundo que sofrem por não poder ser mãe, e outras
milhares que sofrem pela pressão para que sejam.
O direcionamento
é algo que evito, mas neste caso o bate papo é mesmo para as Luluzinhas.
Nós, as
Luluzinhas, somos capazes de executar qualquer tarefa, inclusive as que
demandam força física, já está mais que provado que a igualdade é uma questão
de lógica e não só de direitos.
Nós podemos fazer
tudo, saímos, bebemos, ficamos ricas por mérito próprio, cumprimos jornadas de
trabalho de 44 horas semanais e ainda cuidamos de um milhão de assuntos
paralelos, sem contar no retoque da progressiva, academia, etc.
Agora algumas
mulheres, e não são poucas, clamam pelo direito de “Não fazer” algumas coisas,
e uma dessas coisas é a maternidade.
Não estou
minimizando a “missão” porque é sim uma missão! Só acho que direito do não é
legitimo, assim como qualquer outro.
Esse não, não é
não a uma carinha bonitinha e fofa, a um cheirinho inesquecível e tantas outras
coisas incríveis, é dizer não a interromper uma vida profissional, muitas vezes
tão suada, é dizer não a ter mudanças drásticas em seu corpo em benefício de outra
pessoa, é dizer não a ser “eternamente” responsável pela vida de outra pessoa.
Algumas pessoas
diante de uma mulher que diz não querer ser mãe, logo questionam: Mas você não
pensa no futuro?
Pois bem, acho
que para ter um posicionamento desses é necessário exatamente pensar no futuro,
ter um filho não é ter um bebê, ter um filho é ter outra vida vinculada a sua,
e isso definitivamente é um projeto muito grandioso.
Conheço algumas
pessoas que tomaram, e outras que estão em busca desta resposta.
Ter ou não Ter,
eis a questão, e o que vejo é o inicio de uma luta, mais uma em nosso
histórico, uma luta para ter o direito de não querer algumas coisas.
Essa pausa que temos
que dar para conceber uma criança é uma pausa que nos custa muitas coisas em
nossa vida pessoal, não quero tratar de valores e sim de prioridades somente, e
juro nunca mencionar os milhões de quilos adquiridos.
Uma gestação
dura aproximadamente 40 semanas, vamos então a uma conta rápida, as 12
primeiras semanas são definitivamente apagadas de nossas vidas, tontura, sono,
impossibilidade total de se alimentar, praticamente nos deixam impossibilitada
de exercer qualquer atividade.
Ora essa! Como
assim, somos mulheres! E outra, o que são 12 semanas comparadas ao prazer de
ser mãe?
Respondo. Essas
doze semanas realmente é um pequeno dessabor que temos que enfrentar para o
grande prêmio, mas pense, qual seria o impacto dessas doze semanas para uma
mulher que tomou essa decisão forçada, praticamente induzida por familiares e
amigos, onde estarão estas pessoas na hora dos enjoos matinais?
Vamos então as
últimas oito semanas, essas sim deveriam ser chamadas de missão, “esperar um
bebê” esperar... esperar...
Juro não
mencionar o cárcere privado e também o inchaço nos pés e no nariz, também não
acho justo trazer para essa pauta o andar sedutor que adquirimos, então não
mencionarei.
A cada dia que
passa mais mulheres ponderam os pros e os contras da maternidade, não estou
levantando nenhuma bandeira e nem tentando exercer controle de natalidade, só
acredito que todos temos o direito de escolher o rumo da nossa vida.
Um casal que não
tem filhos não é pior do que um casal que decidiu ter filhos e terceiriza a
educação das crianças.
Decisões que não
são ponderadas é um acidente de percurso, e como humanos que somos, tendemos a corrigir
a rota, e com certeza os maiores prejudicados não seremos nós, mas sim os
pequeninos que são nos dias de hoje órfãos de pais vivos.
A maternidade e
também a paternidade é um ato de coragem, e também uma mudança no estilo de
vida, uma mudança de ideais, uma mudança permanente, e é necessário muito
planejamento para isso.
Não se trata de
querer ou não ter filhos, trata-se de ter ou não competência para atuar na
formação de uma pessoa, e não somente provendo suas necessidades financeiras,
mas sim suas necessidades emocionais e espirituais.
Competência! Trata-se
de ser ou não ser competente para administrar outra vida além da sua.
Talvez devêssemos
olhar para os casais que optam por não ter filhos com menos espanto e com mais
admiração, pois no mundo em que vivemos pensar sobre trazer alguém pra cá ou
não é um ato de muita consciência.
Amo meus filhos
e a cada dia eles me trazem razões maiores para ser uma pessoa melhor, isso é
muito gratificante, valeu a pena cada uma das tenebrosas semanas que passei, e
passaria novamente cada dia da gestação de cada um deles.
Enfim, acredito
que um dos nossos maiores desafios é ser capaz de ser feliz sem necessitar de
outra pessoa, seja ela quem for, é muita irresponsabilidade atribuir sua
felicidade ou a falta dela a um terceiro.
Ser ou não ser
mãe, ser magra ou gorda, ser vegetariana ou não, praticar exercícios ou não, a
questão é uma só, quem manda na sua vida? Quem decide o que melhor para você?
Angélica Marques
domingo, 16 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Novidade!!!
Tenho novidades!!
Tipo um Blog vai virar "Tipo um Livro" estou preparando tudo com muito carinho e antes do Natal terei
esse sonho realizado e partilhado com todos vocês.
Em poucos dias farei
a apresentação oficial do projeto.
Um grande abraço e
meus agradecimentos a todos que acompanham o Blog e a Page!
Angélica Marques
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
domingo, 9 de novembro de 2014
PASSADO
O passado só deveria se chamar passado a partir do
momento que fosse mesmo “passado”. Mas durante o tempo que ainda nos atormenta
deveria ter outro nome.
Tudo que vivemos
tem uma razão de ser e de acontecer, passamos por tantas coisas que a princípio
não entendemos, mas, que depois se tornam claras.
Quando não
conseguimos entender a lição que determinado fato nos trouxe, é porque ainda
não aprendemos o que tínhamos que aprender.
E a lógica é
simples, a gente aprendeu já na escola isso, não aprendeu: reprova, faz de
novo, repete.
E ficamos nós
perdendo tempo, tentando superar coisas insuperáveis ao invés de voltar e
resolver, pegar o bônus do ensinamento que as situações difíceis nos trazem.
Remoemos ao
invés de arregaçar as mangas e destrinchar os problemas.
Dúvidas são
muito mais cruéis do que certezas duras, mas a gente não tem coragem, a gente
prefere sempre se enganar, e assim vamos enchendo nossa mochila de mágoas,
enchendo a cada dia com incertezas e nós na garganta.
A conta chega é
claro, sempre chega.
Além do fato de
percorrer o nosso caminho sempre com esse peso, nos cansando demasiadamente ao
invés de viver uma vida leve, ainda tem a aquela hora que a mochila não
aguenta.
E um dia tudo
vem a tona, todas as mágoas, todas as questões que deixamos de resolver,
algumas porque julgamos menos importantes, outra porque envolvia esforço
emocional demais, e tudo de repente está ali, jogado a sua frente, tudo junto,
gritando por solução.
Não encha demais
sua mochila, não deixe os nós em sua garganta te sufocarem, resolva suas
questões, se dedique a suas emoções, sejamos emocionalmente saudáveis.
A saúde
emocional é a base da nossa vida, e se a “cachola” não anda bem, com certeza
todo o resto estará comprometido.
Ou você acha que
dá para empurrar a vida com a barriga eternamente?
Não dá! A gente
sofre, a gente carrega passado demais em nosso presente e com isso arrebenta
com nosso futuro.
Precisamos
entender que determinadas coisas que insistimos em querer em nossas vidas
simplesmente não nos cabe, não nos fariam bem, tem Gente cuidando disso, temos
que confiar mais em Deus, entender de uma vez por todas que a gente nada sabe
dessa vida.
Queremos tudo de
imediato, queremos ser amados, bem sucedidos, ouvidos, entendidos,
reconhecidos, e tantos outros desejos temos.
E em
contrapartida não queremos ao menos esperar, não oferecemos nada em troca de
tudo que queremos.
Parar, refletir
se até aqui deu certo, cessar condutas improdutivas, fazer um balanço dos teus
dias, isso é saudável.
Dar uma
sacudida, fechar certos ciclos, deixar certos hábitos, isso sim é honesto
consigo mesmo.
Dar passos para
a frente sim, mas ponderando o que você quer levar daqui pra frente, e
principalmente desapegando de coisas que você não quer mais no seu caminho,
transformando coisas e pessoas simplesmente em “passado”.
Angélica Marques
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
NOSSO QUINTAL
Tragédia
anunciada! Muitas pessoas indignadas, outras até transtornadas, cada um
revestido das suas razões e na busca incessante de culpados para justificar o
fato de que nem sempre as coisas acontecem de acordo com a nossa vontade.
(sorte nossa).
As pessoas estão
com medo, assustadas, pois desejavam a tal mudança, e essa com certeza não
virá.
Como qualquer
pessoa deste país, logo comecei a pensar sobre a questão. Primeiro minha reação
seguiu a onda dos meus pares, fiquei com medo, aflita e insegura em relação aos
rumos que provavelmente nosso país tomará, mas em seguida encontrei alento em
algumas conclusões.
Nada é novo,
nossos problemas são velhos, sempre os mesmos. Não que o cenário não seja
alarmante, mas se voltarmos um pouco no tempo certamente chegaremos à conclusão
de que tudo está como sempre esteve, com nova roupagem, mas as questões são
sempre as mesmas, o que muda é a forma como encaramos as coisas.
Vejamos, eu
penso que “jamais na história deste país” houve tanta piriguete por metro
quadrado, penso que algumas mulheres levam muito a sério a missão de chocar e
escandalizar com os modelos de comportamento.
Mas estou
começando a ver com outros olhos essa e outras questões. As piriguetes sempre
estiveram por aqui, a única diferença é que eram chamadas de “perdidas”, ou
alguns outros nomes.
A única
diferença é que há tantos anos atrás a existência delas em nada me afetava. Hoje
tenho um filho adolescente e por mim eu exterminaria todas as mulheres da face
da terra, nem precisavam ser “perdidas”.
Essa é a
diferença: hoje, esse fato, afeta diretamente minha vida.
E não é
diferente em tantos outros assuntos, ou vai dizer que é a primeira vez que
falta água?
Não é! E também
não será a última, só que hoje temos consciência deste fenômeno e sabemos
calcular a nossa culpa, o peso dos nossos atos.
E na bendita política
não podia ser diferente. Há algum tempo pouco me importava se a gasolina
custasse um ou mil reais, eu nem carro tinha, não era comigo, eu não me
importava. Influenciava minha vida, mas eu não sabia.
E agora? Tudo
nos importa, é com a gente, é no meu e no seu bolso, por isso que parece maior,
mais grave, e definitivo.
Políticos e
desonestos sempre foram duas palavras da mesma frase, quase que inseparáveis. E
foi sempre assim, e sempre será.
Nossa
consciência e lucidez, trazidas pela idade ou pela experiência, nos castiga a
cada dia nos lembrando que não tem “test drive” na vida real, que não dá para
começar de novo, não dá para pular uma jogada. Não dá!
Agora é pra
valer, e a percepção de que tudo está afundando é mesmo assustadora.
O que mudou?
Nada, ou quase nada. Esse caos é no nosso quintal desde sempre, a única
diferença é que enxergamos isso com clareza neste momento.
Clareza que com
certeza não chegou a todos os cantos do Brasil, pois se assim fosse estaríamos
ao menos esperançosos com uma possibilidade de melhora. Mas...
ANGÉLICA MARQUES
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