segunda-feira, 30 de junho de 2014

Sua parte torpe.

Eu queria juntar os teus pedaços, te curar de toda dor que lhe causaram. Mas você valendo-se de uma parte torpe dessa tua ruína me feriu e me lançou pra longe. 
Lamento. 

domingo, 29 de junho de 2014

ADEQUE-SE!!




ELAS EVOLUÍRAM, CRESCERAM, FORAM A LUTA, GANHARAM  O MUNDO. 
E AGORA SUAS NECESSIDADES SÃO OUTRAS, ADEQUE-SE!!

QUEM VOCÊ ACHA QUE É?

Quem você acha que é?

Existe uma grande divergência entre o que achamos que somos e o que realmente somos. Essa divergência é causada pela falha na percepção que temos sobre nós mesmos.
Conheci algumas pessoas que durante algum tempo me convenceram, mesmo que temporariamente, que eram portadoras de um tipo de personalidade e caráter, mas no decorrer da convivência o que vi foram traços totalmente diferentes do que fora inicialmente apresentado.
Penso neste momento que não se trata de falsidade, ou enganação. Acredito que algumas pessoas estão totalmente convencidas de que são A e na verdade são Z, e nem acho que isso seja um defeito completamente.
Uma pessoa, por exemplo, que acredita cegamente que é amado e idolatrado por uma centena de pessoas certamente viverá com essa certeza e se beneficiará, mesmo que equivocadamente, destes benefícios e também dos pesares da condição.
Pessoas que se definem demais, que se descrevem, e que geralmente se intitulam profundas conhecedoras de suas qualidades e alguns defeitos (poucos defeitos é claro), geralmente são as que mais apresentam esta discrepância entre o que é e o que acredita ser.
Conheci uma pessoa que acreditava cegamente que era invejado por sua condição financeira e um psêudo sucesso que acreditava ter, era impressionante como essa pessoa vivia tentando se defender de pessoas que supostamente o invejavam.
Tudo, claro, não passava de uma ilusão da cabeça do ser alienado da sua própria condição humana e também social.
Essa mesma pessoa acreditava que era especial e vivia com essa verdade em sua vida de tal forma que quase convencia as pessoas, mas sempre se decepcionava com os outros, pois somos tratados de acordo com nosso merecimento e não de acordo com o que queremos e, cá pra nós, ninguém consegue enganar todas as pessoas por todo tempo.
Essa pobre pessoa, assim como tantas outras vive uma vida de mentira, a margem de desafios pessoais e autocrítica, e também longe de evoluir como ser humano.
Um passo importante para atingir algum grau de estabilidade emocional é reconhecer nossos defeitos e saber lidar com eles, dia a dia, melhorando ou admitindo nossas falhas.
Sem autorreflexão não há desenvolvimento, não há crescimento. Essas pessoas estão fadadas a um descontentamento imenso, pois acreditam sempre estarem sendo injustiçadas não reconhecidas em suas qualidades e não recompensados por seus feitos ilusórios.
Esse tipo de pessoa tem dificuldade até mesmo para aceitar que alguém a ame de verdade, pois querem ser amadas pelos motivos errados, e não entendem a pureza de sentimentos gratuitos que nascem sem explicação evidente.
Pobres personagens, meros coadjuvantes de lindas histórias que não lhes pertencem.



sexta-feira, 27 de junho de 2014

Vá embora de vez!

Meu mal querer

Não me pergunte mais se estou bem, não estou!
Não me pergunte mais se estou feliz, se você não sabe é porque não está por perto, e se não está por perto é porque não estou.
Não me de gotas da sua atenção, somente para me ver implorar por mais um gole, isso é cruel.
Vá embora de vez, saia da minha rotina, saia dos meus e-mails, saia da onde puder, já que dentro de mim isso é tão difícil.
O melhor a fazer quando não se quer alguém é deixar ir... e deixar sofrer até não aguentar mais, porque depois do mais profundo sofrimento algo de bom acontece, algo de novo surge.
Sei que não costuma atender minhas súplicas, pois se assim fosse você estaria aqui, mas atenda essa derradeira, me deixe aqui, me deixe aqui sem você.
Não apreça! Não me dê oi, não me dê tchau, me poupe de um bom dia e nem pense em me dar boa noite.
Ou simplesmente me ignore, quem sabe amanhã essa coragem passa e volte a me contentar com esse rascunho de você.

Angélica Marques



Angélica Marques

quinta-feira, 26 de junho de 2014

....uma pessoa que te leia, que te devaste [...]



Busque conexões mentais, uma pessoas que te leia, que te devaste, não tenha medo de sentimentos avassaladores, ou melhor, não se contente com menos que isso.



                                         Angélica Marques

quarta-feira, 25 de junho de 2014

QUANTAS ASAS VOCÊ TEM?


Estamos acostumados a estar sempre nos mesmos lugares, comer sempre os mesmos pratos, nos mesmos restaurantes, usar sempre a mesma combinação de roupas, e isso nos traz certa segurança.
Se aproximar de pessoas desconhecidas é uma aventura que poucos arriscam, mas essas aventuras podem nos trazer momentos incríveis, afinal as melhores coisas da vida acontecem sem planejamento.
Dia desses tive a oportunidade de estar em um lugar muito agradável e ouvir palavras belíssimas, um lugar que eu geralmente não iria por vontade própria.
Um homem falava para um grande grupo de jovens, a meu ver uma tremenda missão. Bom ele iniciou o seu discurso com uma folha verde nas mãos e prosseguiu calmo com sua teoria que se baseava na ideia de que necessitamos estar ligados a uma estrutura para continuarmos vivos, assim como a folha que ele tinha na mão.
Em pouco tempo e com poucas palavras vi nesta teoria a origem de todos os problemas que conheço, ou a maioria deles, estamos longe de nossas raízes.
Não estamos ligados a nada! A maior estrutura que conhecemos, foi destruída, a família não existe mais, está doente.
Somos folhas, somos todos, folhas, estamos perdidos, fadados a rolar ao vento sem a mínima noção ou preocupação de onde vamos parar.
A mensagem que era transmitida aqueles jovens era para que se prendessem a suas raízes, e ele disse isso de uma forma tão leve e tão direta que eu tenho certeza que chegou aqueles corações todos.
Tive uma manhã muito produtiva e interessante, uma manhã em que me dei conta que o conhecimento não brota apenas de livros e de palestrantes ilustres, mas de onde se menos espera lições importantes estão a pairar, só aguardando que tenhamos um pouquinho de ousadia para sairmos da nossa zona de conforto.
O destemido orador seguiu sua missão com uma frase clássica de Louis Pasteur, o que me impressionou ainda mais, ele não citou o pensador naturalmente, mas ele olhou para aqueles jovens e fez uma pergunta muito simples a eles:
_ Quantas asas um pássaro necessita para voar?
O destemido orador fazia gestos motivados e obtinha suas respostas em alto e bom som.
E prosseguiu explicando que nossas asas têm duas estruturas, a fé e o conhecimento, e que para voarmos com segurança temos que nutrir nossas duas asas de maneira proporcional, alimentar a nossa fé e investir em conhecimento.
Impressionante, brilhante e muito bem fundamentado, aquele homem realmente sabia da importância de suas palavras, e usou sua oportunidade para plantar uma semente muito importante naqueles jovens.
E você? Quantas asas você tem? Como anda sua fé? Que importância você dá para aprimorar seus conhecimentos, como você tem tratado sua mente e sua alma?
A frase usada pelo destemido orador foi a seguinte:
"Um pouco de ciência nos afasta de Deus, muita nos aproxima." - Louis Pasteur.
Ouvindo esta frase me ocorreu o seguinte pensamento, vivemos em um mundo de conhecimentos rasos, clicamos em “curtir” sem nem mesmo ler ou averiguar o que está sendo divulgado. A informação é cada vez mais rápida, porém rasa, sem intensidade, e isso naturalmente nos afasta do nosso senso crítico, afeta nossa capacidade de raciocínio e julgamento.
Somos a geração da sinopse, A quem interessa a alienação dos nossos jovens?
Desejo minhas asas fortalecidas para que meus voos sejam mais altos, e quero também desfrutar do máximo de conhecimento que me for ofertado, para que com isso eu me aproxime mais de Deus.
E por último peço a Deus que multiplique os oradores destemidos a fim de abrirem os olhos dos nossos jovens. Não me importa se esses oradores estejam de batina, ou estejam de pés descalços, só me importa se estão trajados com asas longas e espirito iluminado.

Angélica Marques



Euforia

A euforia deve ser um toque de Deus em nosso coração.
Sendo assim acredito que te sentir em mim seja mesmo algo divino, preparado especialmente a meu favor, a nosso favor.
É grande demais, é sufocante, insuficiente, quase insuportável amar você, então o que teria de divino? Deve ser porque é inexplicável, sem razão, é só tudo isso.
Sentimentos assim nos aproximam de Deus, nos permite querer o que se quer conhecemos, nos permite quebrar em mil pedaços e mesmo assim estar inexplicavelmente feliz! 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

AS CARTAS QUE NÃO MANDEI




As cartas que não mandei.

Para onde será que vão todas as palavras não ditas, as cartas não escritas, ou não enviadas, e as lágrimas que não caíram, para onde vão, onde ficam guardadas?
A quem diga que todas estas coisas causam o famoso nó na garganta e dele brotam os males que abatem nosso corpo.
Penso que deveria ter um lugar para onde pudéssemos enviar certas coisas, pois acredito que os sentimentos aprisionados causam mesmo doenças, as emocionais evidentemente e até mesmo as físicas.
Sendo assim poderia haver um endereço, e para ele remeteríamos todas nossas correspondências que não podem chegar ao destino pretendido.
Deveria ter alguém de plantão vinte e quatro horas por dia, para ler nossos e-mails, aqueles que apagamos após escolher minunciosamente cada palavra, e depois por conta do bom senso deletamos.
Essa pessoa deveria ler e se compadecer da dor do remetente desconhecido.
Deveria haver uma central de assuntos que não podem ser discutidos, aqueles que causam dor demais, um telefone onde cada um pudesse ligar e dizer o quanto está triste ou sozinho naquele instante, e sendo assim do outro lado da linha haveria uma voz que responderia a todas as queixas apenas com um tom doce e calmo dizendo: - eu entendo, sem perguntas, sem críticas, sem julgamento.
Deveria mesmo haver essa voz para nos acalentar todas as vezes que não somos capazes se quer de derrubar uma lágrima, uma voz invisível, sem corpo e sem alma, só uma voz.
Para todas as palavras não lidas, para todas as cartas e para todas as lágrimas, um minuto de silêncio em um evento importante, somente para ter ali milhares de pessoas cientes de que alguém em algum lugar sofre, não um sofrimento qualquer, mas um sofrimento discreto, um sofrimento secreto, calado.
As palavras que temos em nosso coração para uma determinada pessoa pertencem somente àquela pessoa, e muitas vezes jamais poderemos dizê-las, ou por orgulho ou por dignidade, mas, mesmo não dizendo elas ainda existem, e não morrem, só dormem, ficam ali a espreita para soar bem alto em nossa consciência no momento mais inoportuno possível.
Eu queria muito ouvir todas as palavras que a mim não foram ditas, por mais duras que elas pudessem ser, eu aguentaria, ou não, mas eu as teria.
Quando percebemos que em uma fala há muito mais do que está sendo dito o caminho é um só, a imaginação, a divagação, e ambas são péssimas conselheiras.
Na ausência de um texto completo e que nos faça sentido, automaticamente começamos a completar as lacunas, e completamos claro da maneira que melhor nos convém, e é claro que tudo se distorce, e nascem os grandes maus entendidos, nascem as grandes confusões.
Mas tudo isso não significa que estão livres de problemas aqueles que falam tudo que lhes vem à mente, não se trata de quantidade e sim de qualidade, falar tudo que se deve para quem se deve, e principalmente no momento oportuno, no momento certo.
Não é difícil adoecer deste nó na garganta, é mesmo bem difícil se colocar de forma clara e limpa diante do outro, isso exige muita renúncia, exposição e doação, não é para todos.
Escolhemos palavras para expressar não aquilo que sentimos, mas aquilo que queremos que o outro acredite.
Escolhemos palavras para mascarar nossos sentimentos, como se as palavras certas fossem capazes de nos proteger do profundo olhar daquele que nos conhece, mesmo sabendo que, quem nos conhece de verdade não precisa de uma palavra se quer para ler tudo que estamos sentindo.
Ainda acho que um endereço seria a solução para os tantos nós que adquirimos, pois por muitas vezes a única coisa que precisa um coração ferido é que alguém o escute, e que enxergue o tamanho da fenda que ele possui.

Angélica Marques

terça-feira, 17 de junho de 2014

Nem é segunda.




Nem é segunda, nem janeiro. Mas hoje me parece um ótimo dia para seguir em frente.
Hoje será o dia de esquecer os "passos falsos" e dar total atenção aos "laços fracos".
Esses tipo de faxina não tem como terceirizar.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O DIREITO DE DIZER NÃO


Sim, somos abençoadas com a dádiva de gerar outra vida.
Sim, existem milhares de mulheres no mundo que sofrem por não poder ser mãe, e outras milhares que sofrem pela pressão para que sejam.
O direcionamento é algo que evito, mas neste caso o bate papo é mesmo para as Luluzinhas.
Nós, as Luluzinhas, somos capazes de executar qualquer tarefa, inclusive as que demandam força física, já está mais que provado que a igualdade é uma questão de lógica e não só de direitos.
Nós podemos fazer tudo, saímos, bebemos, ficamos ricas por mérito próprio, cumprimos jornadas de trabalho de 44 horas semanais e ainda cuidamos de um milhão de assuntos paralelos, sem contar no retoque da progressiva, academia, etc.
Agora algumas mulheres, e não são poucas, clamam pelo direito de “Não fazer” algumas coisas, e uma dessas coisas é a maternidade.
Não estou minimizando a “missão” porque é sim uma missão! Só acho que direito do não é legitimo, assim como qualquer outro.
Esse não, não é não a uma carinha bonitinha e fofa, a um cheirinho inesquecível e tantas outras coisas incríveis, é dizer não a interromper uma vida profissional, muitas vezes tão suada, é dizer não a ter mudanças drásticas em seu corpo em benefício de outra pessoa, é dizer não a ser “eternamente” responsável pela vida de outra pessoa.
Algumas pessoas diante de uma mulher que diz não querer ser mãe, logo questionam: Mas você não pensa no futuro?
Pois bem, acho que para ter um posicionamento desses é necessário exatamente pensar no futuro, ter um filho não é ter um bebê, ter um filho é ter outra vida vinculada a sua, e isso definitivamente é um projeto muito grandioso.
Conheço algumas pessoas que tomaram, e outras que estão em busca desta resposta.
Ter ou não Ter, eis a questão, e o que vejo é o inicio de uma luta, mais uma em nosso histórico, uma luta para ter o direito de não querer algumas coisas.
Essa pausa que temos que dar para conceber uma criança é uma pausa que nos custa muitas coisas em nossa vida pessoal, não quero tratar de valores e sim de prioridades somente, e juro nunca mencionar os milhões de quilos adquiridos.
Uma gestação dura aproximadamente 40 semanas, vamos então a uma conta rápida, as 12 primeiras semanas são definitivamente apagadas de nossas vidas, tontura, sono, impossibilidade total de se alimentar, praticamente nos deixam impossibilitada de exercer qualquer atividade.
Ora essa! Como assim, somos mulheres! E outra, o que são 12 semanas comparadas ao prazer de ser mãe?
Respondo. Essas doze semanas realmente é um pequeno dessabor que temos que enfrentar para o grande prêmio, mas pense, qual seria o impacto dessas doze semanas para uma mulher que tomou essa decisão forçada, praticamente induzida por familiares e amigos, onde estarão estas pessoas na hora dos enjoos matinais?
Vamos então as últimas oito semanas, essas sim deveriam ser chamadas de missão, “esperar um bebê” esperar... esperar...
Juro não mencionar o cárcere privado e também o inchaço nos pés e no nariz, também não acho justo trazer para essa pauta o andar sedutor que adquirimos, então não mencionarei.
A cada dia que passa mais mulheres ponderam os pros e os contras da maternidade, não estou levantando nenhuma bandeira e nem tentando exercer controle de natalidade, só acredito que todos temos o direito de escolher o rumo da nossa vida.
Um casal que não tem filhos não é pior do que um casal que decidiu ter filhos e terceiriza a educação das crianças.
Decisões que não são ponderadas é um acidente de percurso, e como humanos que somos, tendemos a corrigir a rota, e com certeza os maiores prejudicados não seremos nós, mas sim os pequeninos que são nos dias de hoje órfãos de pais vivos.
A maternidade e também a paternidade é um ato de coragem, e também uma mudança no estilo de vida, uma mudança de ideais, uma mudança permanente, e é necessário muito planejamento para isso.
Não se trata de querer ou não ter filhos, trata-se de ter ou não competência para atuar na formação de uma pessoa, e não somente provendo suas necessidades financeiras, mas sim suas necessidades emocionais e espirituais.
Competência! Trata-se de ser ou não ser competente para administrar outra vida além da sua.
Talvez devêssemos olhar para os casais que optam por não ter filhos com menos espanto e com mais admiração, pois no mundo em que vivemos pensar sobre trazer alguém pra cá ou não é um ato de muita consciência.
Amo meus filhos e a cada dia eles me trazem razões maiores para ser uma pessoa melhor, isso é muito gratificante, valeu a pena cada uma das tenebrosas semanas que passei, e passaria novamente cada dia da gestação de cada um deles.
Enfim, acredito que um dos nossos maiores desafios é ser capaz de ser feliz sem necessitar de outra pessoa, seja ela quem for, é muita irresponsabilidade atribuir sua felicidade ou a falta dela a um terceiro.
Ser ou não ser mãe, ser magra ou gorda, ser vegetariana ou não, praticar exercícios ou não, a questão é uma só, quem manda na sua vida? Quem decide o que melhor para você?

Angélica Marques



Tentei me lembrar de alguma fala tua que 
pudesse explicar o rumo dessa história.
Só me lembrava de falas minhas! FALHAS minhas!  

Angélica Marques


domingo, 15 de junho de 2014

Quantas asas você tem?

Quantas asas você tem?

Estamos acostumados a estar sempre nos mesmos lugares, comer sempre os mesmos pratos, nos mesmos restaurantes, usar sempre a mesma combinação de roupas, e isso nos traz certa segurança.

Se aproximar de pessoas desconhecidas é uma aventura que poucos arriscam, mas essas aventuras podem nos trazer momentos incríveis, afinal as melhores coisas da vida acontecem sem planejamento.

Dia desses tive a oportunidade de estar em um lugar muito agradável e ouvir palavras belíssimas, um lugar que eu geralmente não iria por vontade própria.

Um homem falava para um grande grupo de jovens, a meu ver uma tremenda missão. Bom ele iniciou o seu discurso com uma folha verde nas mãos e prosseguiu calmo com sua teoria que se baseava na ideia de que necessitamos estar ligados a uma estrutura para continuarmos vivos,assim como a folha que ele tinha na mão.

Em pouco tempo e com poucas palavras vi nesta teoria a origem de todos os problemas que conheço, ou a maioria deles, estamos longe de nossas raízes.

Não estamos ligados a nada! A maior estrutura queconhecemos, foi destruída, a familia não existe mais, está doente.

Somos folhas, somos todos, folhas, estamos perdidos,fadados a rolar ao vento sem a mínima noção ou preocupação de onde vamos parar.

A mensagem que era transmitida aqueles jovens era para que se prendessem a suas raízes, e ele disse isso de uma forma tão leve e tão direta que eu tenho certeza que chegou aqueles corações todos.

Tive uma manhã muito produtiva e interessante, uma manhã em que me dei conta que o conhecimento não brota apenas de livros e de palestrantes ilustres, mas de onde se menos espera lições importantes estão a pairar, só aguardando que tenhamos um pouquinho de ousadia para sairmos da nossa zona de conforto.

O destemido orador seguiu sua missão com uma frase clássica de Louis Pasteur, o que me impressionou ainda mais, ele não citou o pensador naturalmente, mas ele olhou para aqueles jovens e fez uma pergunta muito simples a eles:

_ Quantas asas um pássaro necessita para voar?

O destemido orador fazia gestos motivados e obtinha suas respostas em alto e bom som.

E prosseguiu explicando que nossas asas têm duas estruturas, a fé e o conhecimento, e que para voarmos com segurança temos que nutrir nossas duas asas de maneira proporcional, alimentar nossa fé e investir em conhecimento.

Impressionante, brilhante e muito bem fundamentado, aquele homem realmente sabia da importância de suas palavras, e usou sua oportunidade para plantar uma semente muito importante naqueles jovens.

E você? Quantas asas você tem? Como anda sua fé? Que importância você dá para aprimorar seus conhecimentos, como você tem tratado sua mente e sua alma?

A frase usada pelo destemido orador foi a seguinte:

"Um pouco de ciência nos afasta de Deus, muita nos aproxima." - Louis Pasteur.

Ouvindo esta frase me ocorreu o seguinte pensamento, vivemos em um mundo de conhecimentos rasos, clicamos em “curtir” sem nem mesmo ler ou averiguar o que está sendo divulgado. A informação é cada vez mais rápida, porém rasa, sem intensidade, e isso naturalmente nos afasta do nosso senso crítico, afeta nossa capacidade de raciocínio e julgamento.

Somos a geração da sinopse, A quem interessa a alienação dos nossos jovens?

Desejo minhas asas fortalecidas para que meus voos sejam mais altos, e quero também desfrutar do máximo de conhecimento que me for ofertado, para que com isso eu me aproxime mais de Deus.

E por último peço a Deus que multiplique os oradores destemidos a fim de abrirem os olhos dos nossos jovens. Não me importa se esses oradores estejam de batina, ouestejam de pés descalços, só me importa se estão trajados com asas longas e espirito iluminado.

 

Angélica Marques

 


sábado, 14 de junho de 2014


Não era você.
Felizmente!
Era o que você fazia ferver em mim, e mesmo com sua partida, tudo que ferveu em mim ainda é meu. 

Angélica Marques

3 Ponto LINDA




Fazer dez anos era o que eu realmente queria para minha vida, eu tinha absoluta certeza que não ouviria mais minha mãe dizer: - Saia, pois este não é assunto de criança! Naturalmente o grande dia chegou e com ele a certeza de que dez anos não era o suficiente para eu ouvir os grandes segredos da minha mãe.
Eu tinha então outra meta a ser alcançada, quinze anos. Com quinze anos sim, seria uma moça, e minha vida mudaria com certeza, a festa, e todas aquelas coisas que as meninas desejam nesta idade.
Eu só não contava com as espinhas a explosão hormonal e a nova frase da minha mãe: - Normal filha, isso é da idade, vai passar.
Até esse momento as coisas “não corriam muito bem”, mas, com dezoito..... Ah com dezoito tudo seria diferente, eu estaria dirigindo, com um super emprego, meu destino traçado, metas alcançadas e uma vida maravilhosa.
No dia do meu aniversário de dezoito anos eu percebi que esses marcos eram inúteis e na verdade não representavam muita coisa na vida de uma pessoa, eu não tinha o super emprego, obviamente não pude tirar minha carta e em relação ao meu destino eu só sabia que ele era incerto, descobri tudo isso na ressaca do dia seguinte.
Um dia, e não foi exatamente no meu aniversário, as coisas começaram a se encaixar, fiz vinte anos, e as incertezas dos quinze ficaram para traz, comecei a ter alguma grana (bem pouca) já podia estar com todas as rodas e partilhava com minha mãe assuntos interessantíssimos, enfim eu havia crescido.
Mas nada foi tão maravilhoso, nada se compara ao grande e verdadeiro marco na vida de uma mulher, OS TRINTA ANOS!
Agora sim aquela menina eufórica e ansiosa dos quinze desaparecera completamente, a insegurança dos dezoito foi substituída por uma determinação violenta e o que começou a brotar aos vinte agora estava no auge.
Trinta anos, uma mulher com três ponto qualquer coisa pode tudo, sabemos exatamente o que queremos e melhor ainda, sabemos o que não queremos.
A mulher com trinta anos tem direitos que ela assistiu serem conquistados, ela pode ter ou não ter filhos, se tem é capaz de cria-los sozinha com seu próprio trabalho, e quanto ao trabalho, é capaz de faze-lo com excelência enquanto cuida da sua cria.
As mulheres de trinta não procuram por homens, (com algumas exceções), elas na verdade elegem parcerias, e quando a escolha não é muito acertada, o que é absolutamente normal, ela simplesmente sacode a poeira e parte para um novo projeto.
E neste momento não existe mais meta em relação à grana, existe sim uma ponderação sobre o que vale a pena pagar pra ver, e o que não se quer nem pagando.
Nesta idade ainda não dominamos o mundo, mas o que importa? Afinal já dominamos nossos cabelos, e esse sim é um feito muito relevante na vida de uma mulher.
Com trinta anos já consigo ver que era mesmo melhor não estar presente nas conversas de “gente grande” e consigo também entender que tudo que minha mãe dizia ser normal era de fato da idade e logo passou realmente e graças a Deus.
Agora no alto dos meus trinta anos, admiro a liberdade que eu tinha aos dezoito, e a ausência de compromissos que me apavorava eu até vejo com saudade.
O que vem pela frente eu realmente não sei, mas o grande barato de ter trinta é que coisas dessa natureza não me afligem mais, eu realmente estou de braços abertos para as novas fases, recepcionarei a chegada dos meus sinais com o peito aberto e com a certeza de que eles são na verdade o prova de todas as fases que passei e que estão aqui para me lembrar de cada experiência que pude ter.
Mas deixa o futuro pra lá, agora sou 3.linda e preciso aproveitar!

Angélica Marques