Espada de São
Jorge, borrachinha de chuveiro, vara de marmelo, cinto de couro, chinelo e uma
infinidade de objetos que só as mães sabem escolher.
Todos esses
instrumentos, segundo meu entendimento, são essenciais para implantar o significado
da palavra NÃO para os pequeninos.
Recentemente
assistimos o caso de um garoto que foi assassinato cruelmente pela madrasta e,
possivelmente, com a anuência do próprio pai. Bom, e assim se implantou a
polêmica.
É importante
diferenciar ao “tapa limitador” de um ato de agressão praticado contra uma
criança indefesa. Repudio qualquer tipo de violência, ainda mais praticada
contra uma pessoa que não tem condições de se defender, mas vamos e venhamos,
se com uma condução rigorosa as crianças já resistem às regras, imaginem sem.
Foi aprovada,
devido à polêmica gerada pelo caso citado, a ”Lei Menino Bernardo”, que visa
colocar mais uma responsabilidade na conta do Estado, ou seja, mais uma coisa
que vai virar processo, a educação de uma criança será delineada pelo “pode,
não pode” do Poder Judiciário!
A meu ver, um
pai que deixa de corrigir seu filho no tempo correto e na proporção da sua
transgressão é que deveria ser punido, pois este pai está entregando a
sociedade um individuo sem limites e que não está acostumado a lidar com as
consequências de seus atos.
Acho que
experimentei todos os tipos de chinelos disponíveis no mercado na minha
infância, e o que isso me gerou não foram traumas, mas sim ensinamentos e
limites que carrego até hoje em minha vida.
O Estado não
pode e não deve interferir na escolha dos pais em relação ao método adotado
para conduzirem a educação dos seus filhos, pelo menos enquanto esse mesmo
Estado não tiver competência para, no mínimo, instruir a população a controlar
a quantidade de filhos que tem.
Particularmente
conheço um pouco sobre leis e garanto que já existem leis que protegem as
pessoas contra violência, seja ela praticada contra crianças ou adultos, pelos
seus pais ou por qualquer outra pessoa.
Até acho válido
a mídia estar atenta a casos de violência e noticiar esses expoentes que tanto
nos espantam de tempo em tempo, mas dai a criar uma lei assim, no calor da
discussão, eu acho que é potencializar o problema.
A ideia é bem
intencionada e parece um bálsamo diante a barbárie assistida nos telejornais,
mas vejamos; quem irá dosar o que pode e o que não pode?
O pai que grita
agride menos uma criança do que o pai que bate?
Se a criança
chorar muito a pena será maior?
A correção não
causa traumas, a correção ensina princípios. E não pode nem deve ser reprimida.
É dever da
família nortear os seus para que possam viver em sociedade. Caso contrário, se
um pai não tiver mais o direito de corrigir seu filho da maneira que julgar
adequada, o que esse pai fará diante a rebeldia do infante? Vai entrar com um
processo por desacato a autoridade contra seu filho?
Acho que um
velho ditado sempre cai bem: roupa suja se lava em casa.
Por aqui, ainda
fico no chacoalhão, mas por experiência própria confesso que as chineladas que
levei nunca doeram tanto assim. Doem mais as que levo hoje nesse mundão sem
porteira.
Angélica
Marques.
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